quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Minicurso 6 - O PALCO E A TELA: POSSIBILIDADES HISTORIOGRÁFICAS DO USO DO CONCEITO DE REPRESENTAÇÃO NO TEATRO E NO CINEMA

Minicurso 6 - Sala 00 (CE/UFTM)
O PALCO E A TELA: POSSIBILIDADES HISTORIOGRÁFICAS DO USO DO CONCEITO DE REPRESENTAÇÃO NO TEATRO E NO CINEMA
Docentes: Ivana Borges (Universidade Federal de Uberlândia) e Renato Florêncio Pavanelli Ortega (Universidade Federal de Uberlândia).

Ementa
Visando a pesquisa na história social das linguagens artísticas, o presente minicurso procura abordar a respeito do conceito de representação em dois tipos de fontes históricas: o teatro e o cinema. O objetivo é pensar um dos conceitos principais para a análise de fonte artística.

Resumo
A representação como conceito é ímpar para a História Cultural, na medida em que possibilita ao investigador analisar processos sociais do passado. Toda e qualquer sociedade produz sua própria representação para dar sentido e percepção para a realidade de sua existência. A representação existe para gerar condutas e práticas, portanto, quem possui o poder de conceder vida ou sentido à representação em uma determinada sociedade, detém o controle sobre a mesma. Vários autores se debruçaram para compreender e estudar o passado por meio da análise da representação, o resultado é expressivamente interessante ao passo que vislumbramos as relações de poder, o significado de práticas sociais e, por fim, as ideias que são construídas e adotadas pela sociedade. O objetivo desse minicurso é propor um debate sobre o conceito de representação em duas faces da linguagem artística: o teatro e o cinema. Pela arte dramática de Bertolt Brecht, analisaremos a representação do intelectual na obra “AVida de Galileu” e compreender a relação entre o regime estético das artes — conceito usado pelo filósofo Jacques Rancière — e a possibilidade da criação de lugares e verdades sobre os piratas e a pirataria nos filmes da série Piratas do Caribe da Disney, levando em consideração as peculiaridades da linguagem artística cinematográfica. Durante o minicurso, buscaremos também problematizar a relação que a linguagem artística tem com o regime estético das artes e sua relevância histórica e política,à medida que criam um lugar para o pirata e para a pirataria.

Cronograma de Trabalho








Bibliografia
BRECHT, B. A vida de Galileu. São Paulo: Abril Cultural, 1977.
CHARTIER,  R. À beira da falésia: a história entre certezas e inquietudes. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2002.
_______. A construção estética da realidade – vagabundos e pícaros na idade moderna. Tempo, Rio de Janeiro, nº 17, 2004, pp. 33-51.
RANCIÈRE, J. A fábula cinematográfica. Campinas: Papirus, 2013.
_______. O destino das imagens. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
_______. O espectador emancipado. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
SAID, E. W. Representações do intelectual: as conferências Reith de 1993. São Paulo: Cia. das Letras, 2005.

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